Huaraz, capital de Áncash, localizada a 3100 metros acima do nível do mar, é a maior cidade do vale do Callejón de Huaylas, que conta com uma ótima estrutura turística e com uma ampla variedade de hotéis, restaurantes e agências de viagens. Além disso, possui belos e interessantes circuitos turísticos como: sítios arqueológicos pré-hispânicos, lagos de diversas cores, mirantes, passagens altas (caminhos de grande altitude que conectam vales inter-andinos), entre outros. Os dez melhores pontos turísticos de Huaraz encontram-se no coração da Cordilheira Branca, todos são facilmente acessíveis e próximos, podendo se chegar de carro ou através de pequenas trilhas, e para visitá-las deve-se reservar um dia para cada uma.
1. Lagoa Llanganuco
Este circuito, um clássico da Cordilheira Branca e do Parque Nacional Huascarán, é conhecido pela beleza incomparável do recôncavo Llanganuco. Neste ponto turístico localizam-se os gigantes picos glaciais que alimentam o Chinancocha (lagoa feminina na língua nativa quechua) e o Orqoncocha (lagoa masculino) com suas águas cristalinas. Llanganuco fica a 70 km ao nordeste de Huaraz e a 3700 metros acima do nível do mar. Para chegar a Llanganuco, o caminho começa por uma estrada asfaltada até chegar ao povoado de Yungay; que foi arrasado por uma avalanche em 1970, depois segue-se por uma estrada de terra até chegar ao famoso lago Chinancocha, que é rodeado pelas árvores nativas quenuales (polylepis spp) e por grandes montanhas.
2. Chavín de Huantar
Nossos ancestrais deixaram amostras da antiga cultura Chavín desenvolvida durante o Horizonte Primitivo (1200 aC – 400 aC). Homens e mulheres fizeram trabalhos altamente complexos em pedra e construíram uma intrincada rede de estradas, praças, aquedutos, cabeças-clavas, templos com galerias internas de diferentes tamanhos. Dentro de uma das galerias ainda permanece, no lugar original, a impresionante divinidade antropomorfica de 4,54 metros de altura, conhecida como Lanzón; um monólito esculpido em granito. Além de conhecer o sítio arqueológico de Chavín, pode-se visitar o Museu Nacional de Chavín, onde se percorrem 14 salas que contam toda a história da cultura Chavín. A coleção do Museu inclui o Obelisco de Tello, as cabeças-clavas, uma reprodução do Lanzón e 282 peças de cerâmica. Chavín está localizada na encosta leste da Cordilheira Branca, a 105 km de Huaraz.
3. Lagoa Parón
Localizado a 101 km ao nordeste da cidade de Huaraz e a 4185 metros acima do nível do mar, Parón é uma lagoa formado pelo degelo dos picos nevados Huandoy, Artesonraju, Pirámide, Chacraraju, Pisco, Parón e Paria. É considerado o maior lago da Cordilheira Branca e suas águas abastecem a hidrelétrica Cañón del Pato, uma das principais geradoras de energia do Perú. O passeio pela lagoa Parón inclui uma curta trilha até um mirante localizado na parte superior do lago, de la é possível observar a imensidão das geleiras que a circundam.
4. Lagoa Radián
É um reservatório natural de água doce. Nos arredores deste lago moram algumas espécies de aves andinas como o íbis de Puna, a gaivota andina, galeirões e patos. Este circuito fica muito próximo de Huaraz e nos oferece uma caminhada agradável, curta e pouco exigente de aproximadamente 5 km de ida e volta. Radián está localizada a 3900 metros acima do nível do mar, e é ótimo para um dia de descanso na natureza já que o caminho nos proporciona belas vistas das montanhas da Cordilheira Branca.
5. Passagem Portachuelo de Llanganuco
É uma divisória hidrográfica continental na Cordilheira Branca, localizada no fundo do recôncavo Llanganuco, a 4765 acima do nível do mar. Tem um caminho sinuoso construído na década de 60 que o atravessa e serve como mirante para divisória hidrografica. Neste passeio, a pessoa se aproxima de gigantescos blocos de gelo de onde emergiram o pico sul e o pico norte do Huascarán e o grupo de nevados Huandoy, o lendário Chacraraju, Pisco e Chopicalqui.
6. Cañón del pato
A erosão que o Rio Santa gerou entre o maciço granítico que une a Cordilheira Branca e a Cordilheira Negra, deu origem a um incrível cânion de aproximadamente 40 km largura e quase 2000 metros de profundidade. Este percurso possui 33 túneis que foram construídos para um projeto ferroviário no final da década do 60, mas acabou sendo interrompido pelo terremoto de 1970. Antes, na década de 50, o engenheiro Santiago Antúnez de Mayolo aproveitou a grande cachoeira que ali se encontra para construir a Usina Hidrelétrica Cañón del Pato. Se você gosta de adrenalina, passear por estes tuneis com precipícios de quase 2000 metros é a atividade ideal. Este circuito está localizado na parte norte do Callejón de Huaylas.
7. Wilkawain
Muito perto de Huaraz, apenas 7 km ao nordeste, no distrito de Independência, estão os sítios arqueológicos de Wilkawain ou Huilcahuain. Segundo alguns estudos, estão relacionados com o último período da cultura Recuay (1 aC – 700 dC) e posteriormente à cultura Wari (600 -1100 dC). As construções de plataformas sobrepostas encontradas neste local apresentam uma rede de galerias no seu interior que acredita-se terem sido utilizadas como espaços para oferendas e para mausoléus. Além disso, existem construções individuais conhecidas como chullpas.
8. Honcopampa
Situa-se a 3560 metros de altitude, nas encostas do ribeiro Akilpo, província de Carhuaz, na Cordilheira Branca. Esse sítio arqueológico cobre aproximadamente 12 hectares, que possui um conjunto arquitetónico formado por uma série de edificações como praças, terraços e múltiplas câmaras chamadas chullpas. Além do sítio arqueológico, a apenas 1 km de distância está a cachoeira Yurak Yaku, que pode se acessar em uma caminhada de 20 a 30 minutos. Bem próximo da cachoeira tem a comunidade vizinha de Honcopampa, muito conhecida pelas suas exposições de tecelagens e teares.
9. Punta Olímpica – Chacas
É um circuito que tem recebido muito interesse dos visitantes. O túnel de Punta Olímpica (4736 metros acima do nível do mar), tem 1386 metros de extensão e é a maior passagem veicular transandina do mundo. Em seu caminho atravessa as sub-regiões geográficas do Callejón de Huaylas e a área dos Conchucos, oferecendo vistas incríveis das montanhas cobertas de neve e das lagoas nos recôncavos Ulta e Putaca. Este circuito permite visitar um povoado bem tradicional e pitoresco nomeado Chacas. A presença da congregação religiosa de Dom Bosco deu vida ao povoado, ajudando seus jovens a desenvolverem seus talentos, treinando-os na arte da carpintaria e artesanato em madeira e vidro.
10. Ciudad de Huaraz
Vindo da palavra quéchua waraq, waras (amanhecer em português), é conhecida como A Cidade Internacional da Amizade e está localizada a 3100 metros acima do nível do mar, entre a Cordilheira Branca e a Cordilheira Negra. Por possuir uma boa infraestrutura turística, é o ponto de partida de muitos turistas, lá encontra-se o Mirador de Rataquenua – Pukaventana, o Museu Arqueológico (possui um bom acervo de monólitos da Cultura Recuay), o sítio arqueológico de Pumacayán (recuperado recentemente), o sítio arqueológico de Waullac, mercados, área de escalada, rotas para passeios de bicicleta, lagoas e caminhos por cidades próximas.
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